sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mente insana de um descrente cheio de conceitos formados

Não acredito que haja algo mais metafísico do que estar preocupado com uma coisa sabendo que aquilo não te importa nada. Não existe coisa mais efêmera do que a nossa vida. Oitenta anos de vida não é nada comparado a toda a eternidade.

 

Podem me falar que não houve big bang, que Adão e Eva eram uma baita duma farsa, que eu sou uma ilusão de um ser de outro planeta, podem me dizer qualquer coisa. Tudo pode ser verdade. Ninguém esteve lá. O inicio de tudo é simplesmente um nada. Não nego que eu seja meio São Tomé (no qual eu também não acredito), mas simplesmente não existe nada que me prove realmente que saibam como começou essa merda toda.

 

Todos nós, humanos, vivemos numa merda de um planeta que possui as características perfeitas para a vida. Uhuuul! Nós somos privilegiados. O caralho. Somos simplesmente a coisa mais condenada que existiu em toda essa porra do universo.E mesmo assim, quem diz que somos o único planeta a ter vida. Deite na grama no meio do mato, olhe pro céu e imagine o tanto de planetas iguais ao nosso devem existir. E quem disse que existem outros planetas. Quem disse que eu existo.

 

Tudo bem, vou parar por aqui na viagem e voltar a pensar que somos humanos e que o resto que me ensinaram são verdades. Imaginem o tanto de planetas em volta dessas merdas de estrelas, que a luz demora tempo pra cacete pra chegar aqui, que podem ser igual o que eles chamam de terra! É a mesma coisa que dizer que existe apenas um grão de areia com 1 nanômetro de tamanho.

 

Mas saindo desse papo de ufólogo, que diferença faz esse tanto de preocupações com coisas que parecem super importantes? Por exemplo, eu me preocupar com a minha falta de dinheiro, com a moça com a qual eu me relaciono (vulgarmente conhecida como minha namorada), com meu pai me esculachando por que eu cheguei 1h depois da hora que prometi ir embora. Que diferença faz eu perder um segundo que seja de sono por causa disso? Eu vou morrer, eu nunca estive no “mundo dos mortos”, então não tem como, na minha cabeça, eu afirmar que existe algo depois que eu batera as caçoletas.

 

Outro assunto muito divertido. A morte é uma coisa muito mother fucker sucking hell. Não dá pra entender ela, assim como não dá pra entender esse último adjetivo em inglês que eu usei pra ela. Eu simplesmente não entendo como é que as pessoas acreditam que existe vida “lá”, um paraíso, 30 virgens (o que seria realmente muito bom) ou coisas parecidas, sendo que elas nunca estiveram lá. Mas fodam-se os outros, o que importa aqui sou eu, e eu só acredito no que eu presencio.

 

Mas eu falei duas coisas muito idiotas atrás. A primeira foi “o que importa aqui sou eu”. Como assim velho? Eu sou apenas uma coisa minúscula no meio de uma grande merda que na verdade não é nada, e só porque eu só acredito no que “EU” vejo, eu deva abdicar do meu dever de representar a raça humana. Nossa hein, um erro dentro da cagada. Quanta pretensão a minha de achar que sou capaz de representar a raça humana. Eu não sou nada, nem vocês são coisa alguma, então eu não tenho que representar nada, e nem deveria ligar por ser um merda egoísta. Mas voltando a pôr ordem aqui, o segundo erro foi achar que o que eu vejo é verdade. Até mesmo o que eu acredito que vejo é apenas um produto do que a porra da sociedade foi passando de geração em geração. E a geração que começou com isso foi o primeiro homo sapiens ou o primeiro ser vivo unicelular lá? Porra! Mas eu nem acredito quando eles falam que existiu essa porra toda! Big Bang, terra em chamas, chuvas por milhares de anos, muita água na qual surgiu vidinha de nada, até chegar em mim! Eu nem acredito. Na verdade eu acredito só falo que não acredito porque é legal essa coisa de questionar tudo. Quanto mais se questiona mais se descobre.

 

Agora eu vou começar um novo parágrafo, pois o ultimo ficou muito grande. E segundo eu ando aprendendo isso não é legal. Porra, não é legal o caralho. O que não é legal é escrever um tanto de parágrafos pequenos, mas com um texto totalmente sem conteúdo. Sou muito mais um texto de 3 páginas mas com apenas um parágrafo recheado de conteúdo do que um livro de 100 com parágrafos curtos e fáceis de prestar atenção, escritos com o objetivo de te fazer acreditar, mas que só fala merda atrás de merda.

 

Porra velho. Escrever bêbado é muito legal, você escreve coisas que nunca escreveria são, e lê no dia seguinte e não apaga porque sabe que nunca vai pensar isso. Mas sempre, depois dessa porcariada toda, a gente vê que tudo não passa de uma vidinha pacata e comum e volta a vivê-la normalmente. Afinal, essa descrença toda não me leva a lugar nenhum. Que se foda, vou dormir e amanhã acordarei sendo novamente um comum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário